Sendo que o consentimento
pressupõe a formação de uma vontade espontânea e informada exigindo também uma
maturidade, como é que cabe na cabeça de alguém que uma rapariga (ou quem quer
que seja) que esteja sob o efeito do álcool possa, em momento algum, dar o seu
consentimento sobre algo?
Bom, se calhar, acordei em Marte
e não percebi!
Mas infelizmente não acordei,
acordei foi num mundo que olha para as mulheres como instrumentos sexuais.
Um exemplo claro disso, foi no
meio de uma conversa que estava a ter na faculdade com os meus colegas e um
deles vira-se e diz:” que as mulheres não devem andar muito expostas pois o
vosso corpo desperta muito prazer nos homens devido as nossas formas voluptuosas”.
Mas afinal não existe uma norma
constitucional que reconhece o direito à Liberdade Sexual dos cidadãos? Penso
que sim!!!
O facto de uma rapariga estar
acompanhada num automóvel com um rapaz, estando esta embriagada é sinónimo que
todas as relações que estes possam a vir a ter durante a viagem sejam
consentidas?
Bom, se adotarmos tal critério,
como pelos vistos foi acolhido pelo tribunal Oklahoma corremos um sério risco de abrir uma
porta que dificilmente poderá ser alguma vez encerrada. Reconhecendo diversas
condutas, que até então, eram tidas como ilícitas por violarem a dita Liberdade
Sexual, como licitas.
Penso que todas as Mulheres têm direito a
fazer sexo com quem quiserem e com tantos quiserem, mas desde que seja
consentido.
Agora não me venham dizer que o caso que foi julgado
no tribunal acima referido possa se dizer teve algum tipo de consentimento.
O problema central, para conseguirmos
mudar esta mentalidade, reside no facto da sociedade admitir que um dos
critérios para aferir o grau de masculinidade de um homem é com quantas
mulheres conseguiu levar para a cama.
Já as
mulheres se adotarem tal critério, são logo apelidadas de Cabras.
Mas se para conseguir exercer a minha
liberdade sexual, da forma que bem entender, tiver que dormir com muitos
homens, então siga!!! Podem chamar-me de Cabra, Puta, o que quiserem… Mas vou
ser livre.
Tal como os homens também tenho direito de
ter prazer.
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